Miomas uterinos

Os miomas uterinos são os tumores benignos entre mulheres jovens. Podem causar dores e sangramentos que, conforme a intensidade, pode ser necessária sua retirada cirurgica.

Tratamentos

A histerectomia ou remoção do útero, tem sido tradicionalmente a primeira opção terapêutica nas pacientes que não desejam mais engravidar.

Já a miomectomia – retirada cirúrgica seletiva do mioma – está indicada nas que querem manter sua fertilidade. Porem, dependendo do tamanho e localização do mioma, nem sempre isto é possível.

O procedimento de embolização surgiu como alternativa a cirurgias convencionais, principalmente com o objetivo de preservação do útero. Atualmente, tem comprovação científica de eficácia pelo Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia, sendo seguro no tratamento dos miomas com redução no número de histerectomias. O procedimento de embolização é realizado através de uma pequena punção na região inguinal. Através desse acesso é introduzido uma cateter, que navega até as artérias uterinas, acompanhado pelo equipamento de radiologia digital. Após a cateterização seletiva desses vasos, são injetadas pequenas esferas que ocluem seletivamente as artérias que nutrem o mioma, preservando a irrigação do restante do útero. Isto promove a isquemia dos miomas, levando por completo o seu desaparecimento.

É importante que a indicação de embolização deva ser realizada em conjunto com seu médico ginecologista. Ele que irá auxiliar o cirurgião vascular na decisão terapêutica e acompanhar a evolução pós-operatória.

  • Não deixa cicatrizes, não comprometendo a estética feminina.
  • Recuperação muito rápida, permitindo que as pacientes retornem às suas atividades em pouco tempo.
  • Não há necessidades de anestesia geral.
  • Mínimas perdas sanguíneas.
  • Permite tratar todos os miomas ao mesmo tempo.
  • Preserva o útero, preservando a possibilidade de gestação.
  • Permite a terapia de reposição hormonal ou o uso de anticoncepcionais hormonais. 
  • O fluxo menstrual retorna em 9 a cada 10 que tinham sangramento.
  • Na maioria dos pacientes há regressão do tamanho do útero após uma ano.
  • As dores pélvicas desaparecem em quase 90% dos pacientes.
  • Raramente há necessidade de procedimentos terapêuticos adicionais.

Varizes pélvicas

Muitas mulheres sofrem com dores abdominais sem diagnósticos aparente. Principal causa de dor pélvica crônica, as varizes pélvicas são veias dilatadas que iniciam na região abdominal e envolvem os órgãos femininos na pelve, como útero, ovários e trompas.

Além das dores crônicas, os sintomas envolvem a sensação de peso e cólicas antes da menstruação, que pioram ao longo do dia, incontinência e infecções urinárias e fluxo menstrual aumentado também podem está associados. Muitas vezes, as mulheres apresentam dor durante a relação sexual, mantendo uma sensação de peso por horas. Depressão e baixa autoestima são comuns pelos sintomas crônicos sem diagnósticos , pois muitas vezes são confundidos com endometriose.

O diagnóstico precoce possibilita a paciente recuperar a sua qualidade de vida, eliminando as dores com o tratamento. Realizado através do ecodoppler transvaginal, associado a tomografia computadorizada e angioressonância.

Tratamento

O tratamento nem sempre envolve a necessidade de cirurgia. Medicações utilizadas para o tratamento das varizes dos membros inferiores podem ser muito eficazes no controle dos sintomas. Em casos mais graves é recomendado a correção cirúrgica das varizes.

Moderna e eficaz, é realizada por uma pequena punção da veia femoral na virilha. Através dessa punção, são localizadas as veias varicosas pela radiologia digital que detalha com precisão a origem desses vasos. As veias são ocluídas pela implantação de coils (molas) e substâncias esclerosantes associadas. É uma cirurgia rápida, considerada de pequeno porte, podendo ser realizada sob anestesia local associada a uma pequena sedação para conforto do paciente. não modifica a estética feminina pois não deixa nenhuma cicatriz. A paciente pode receber alta no mesmo dia do procedimento e retornar as suas atividades normalmente em três a quatro dias após a alta.